segunda-feira, 2 de maio de 2011

Artigo sobre cromeação - 4 Ever Carros clássicos

Texto extraído da Revista 4 ever carros clássicos, número 01 - 2003 Págs. 80-81, Editora Sisal

(...) Cromeação

 Apesar dos paliativos já descritos, o único modo totalmente eficiente de se restaurar peças cromadas é metalizá-las outra vez. Conforme explica Cristiano Vighi, da Niquelação e Cromeação Schnyder, "este tipo de serviço tem de ser iniciado antes que se faça a funilaria da peça, sob o risco de se comprometer todo o trabalho de soldagem. O correto é retirar a peça, lavá-la para cromeação e, posteriormente deixá-la aos cuidados de um bom funileiro", ensina.

O processo

Na cromeação o componente passa por um processo de limpeza que removerá tinta, óleo, graxa, terra e tudo mais que estiver pelo caminho. Depois, retira-se o cromo antigo, que sai da chapa através de uma processo de eletroremoção: submerso em um tanque com solução à base de soda, o "descolamento" do metal se inicia onde o campo magnético é mais intenso (pontas, bordas e quinas), seguindo em direção ao restante da superfície metálica, até atingir possíveis cavidades internas. O próximo passo é o processo de desplacamento propriamente dito, que irá retirar as camadas de níquel e cobre, muito mais encorpadas que a cromo - as superfícies metalizadas recebem uma camada de cobre de 10 a 20 micra, uma camada de níquel de 5 a 40 micra e uma de cromo de 0,3 a 2 micra. A empresa passará então um líquido antioxidante na chapa nua, podendo a peça ser levada diretamente ao funileiro, que recobrirá as possíveis imperfeições. Este serviço é feito geralmente com solda de latão.

Quando o componente voltar para a cromeação, será limpo pela segunda vez, além de passar por um banho químico de solução ácida que irá retirar a ferrugem da chapa. Este processo é completado pelo jateamento da peça, realizado com microesferas de vidro, que então segue para o polimento, obtido através da utilização de "boinas" (rodas de polia) confeccionadas em sisal. Após esta etapa a peça estará brilhando, pronta para ser desengraxada, receber seu gancho e seguir para os banhos de cobre alcalino, cobre àcido, níquel e cromo.

Após ser niquelado, que é a segunda etapa, o componente finalmente segue para a cromeação propriamente dita, na qual é submerso em outro tanque por cerca de dez minutos à 45 graus C. Por fim, já pronta, a peça é retirada, lavada e vai para um recipinete cheio de serragem, cuja função é eliminar a unidade, mesmo nas ranhuras de difícil acesso. Assim, a nova película irá proteger o metal por muitos anos.

E o Zamac?

Muitos colecionadores acreditam não ser possível cromar peças de zamac e, por tal motivo, não restauram maçanetas e determinados frisos, deixando seus carros com aspecto desleixado. Segundo Cristiano Vighi, da Schnyder, "não há segredos na cromeação do material, mas os resultados podem variar muito", explica. Uma peça irregular, após ter extraído seu revestimento original, pode ficar lisa e ganhar novo banho de cromo. "O problema é que às vezes, ocorrem reações mínimas, como surgimento de pequenas bolhas, o que interfere no acabamento final. No entanto, isso não é uma regra e, independente do defeito, o componente ainda terá um aspecto muito melhor do que aquele visto anteriormente", sugere Vighi.

3 comentários:

Li numa revista americana que no proceeso de cromagem triple plate (cobre, níquel e cromo), a camada de cobte recebe um polimento. Dessa forma, ao final do processo, o cromado fica mais liso e brilhante. A Schnyder trabalha assim?

preciso cromar dois para choques de metal do Dodge polara ano 1980.
gostaria de saber qual valor para as duas peças para o cep: 35170010. grande abraço.

fazem cromagem também em peças de plástico? ( entorno da lanterna dianteira do Dodge Polara )

Postar um comentário