segunda-feira, 2 de maio de 2011

Clipping - Jornal do Carro

Extratos e Resenha da matéria publicada pelo Jornal do Carro em 19.10.2005

Cromagem: para ressaltar os detalhes

O processo químico que dá brilho de espelho a partes metálicas do carro deve ser usado sem exageros. O acabamento estético também serve para proteger o veículo da ferrugem, mas é preciso tomar cuidado para não estragar a camada com abrasivos.

Quem puxar pela memória e voltar às aulas de Química do colégio vai se lembrar - ainda que vagamente - de um processo chamado eletrólise. Na prática não é preciso ir longe para saber o resultado desta eletrodeposição de metais. Basta um olhar prolongado para um carro impecável e você provavelmente vai ver alguma peça ou detalhe cromado. Várias lojas oferecem esse acabamento estético, mas é preciso tomar alguns cuidados antes de dar cara nova ao carro.

Em geral as empresas fazem a cromagem - ou cromação - em qualquer parte metálica do veículo. Vale aplicar o processo em rodas, frisos, logotipo, pára-choque, detalhes internos, como pinos e maçanetas, e até mesmo no motor. Mas na opinião de Cristiano Vighi, sócio da Niquelação e Cromeação Schnyder, a camada que cromo que dá aquele aspecto brilhante aos metais serve para destacar algumas partes do carro.

"Se você croma o carro inteiro, não há contraste e nada é valorizado", lembra. Ou seja, é importante pensar bem antes de escolher o que destacar. A base para cálculo de preço varia de loja para loja, e em geral são avaliados aspectos como tamanho e/ou o estado em que a peça se encontra no momento de montar o orçamento. A importância da condição da peça é justificada pelo cuidado em uma das principais etapas do serviço: a preparação da superfície.

" É um processo demorado e meticuloso", confirma Cristiano Vighi. "Se não remover tudo e deixar a peça 'no ferro puro', todo o banho fica comprometido." Basicamente, esse banho consiste em pendurar a peça sobre uma solução, de modo que uma corrente elétrica faça com que os íons de metal se depositem sobre a superfície que se quer cromar. "O cobre e o níquel servem para proteger, e o cromo dá o aspecto final", explica Vighi. Ele ressalta que a cromagem deve ser feita apenas nas partes do carro que podem ser desmontadas. E em mau estado, nem compensa fazer."

Além da função estética, ou seja, de deixar a peça mais bonita, o processo também tem a função de proteger o metal da ferrugem. É importante salientar que estes tipos de processos são de baixa manutenção, ou seja, se bem cuidada, uma peça cromada poderá permanecer em bom estado durante um longo tempo. No caso de automóveis, há ainda uma possível vantagem extra: o aumento valor agregado (no caso de uma venda, por exemplo).

Para garantir a preservação da peça deve-se evitar o uso de produtos abrasivos, e principalmente o cuidado na hora de guiar o carro, já que para este tipo de processo não existe retoque: a peça deverá passar por todo o processo novamente. Ainda a dica: para manter o brilho, vale investir numa cera protetora de metal de boa qualidade.
Extratos e resenha da matéria do Jornal do carro do Jornal da tarde, ano 24, nº1157, pg. 31
Matéria de Mariana Faraco

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